1 de julho de 2011

Começo a conhecer-me. Não existo.

Começo a conhecer-me. Não existo. 
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,  
ou metade desse intervalo, porque também há vida ... 
Sou isso, enfim ...  
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. 
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.  
É um universo barato.
Álvaro de Campos

1 comentário:

Eleonora disse...

Muito bem! Costumo usar imensas vezes este poema como minha definição... Excelente escolha.