Conjunto de linhas, formas e superfícies às quais permitem uma reprodução da realidade.
10 de janeiro de 2008
Lua..
Poder, enfim, esperar solenemente
a lua,
Senhora das Frescuras e
cavalgar ribeiros e remansos.
Licinia Quitério, "Da Memória dos Sentidos"
1 comentário:
Anónimo
disse...
Soneto à lua
Por que tens, por que tens olhos escuros E mãos lânguidas, loucas e sem fim Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros Num rosto como o teu criança assim Quem te criou tão boa para o ruim E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa A alma que por ti soluça nua E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tampouco a mulher que anda na rua Vagabunda, patética, indefesa Ó minha branca e pequenina lua!
Vinicius de Moraes Rio de Janeiro, 1938 in Novos Poemas
1 comentário:
Soneto à lua
Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?
Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?
Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:
E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!
Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1938
in Novos Poemas
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